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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Vida que segue

Orisvaldo Tenório nasceu em uma cidade do interior do estado do Rio de Janeiro, no ano de 1961, filho de seu Tinoco e de dona Maria, pessoas humildes, honestas, corretas e trabalhadoras, ele funcionário público e ela doméstica.
Orisvaldo casou-se com dona Marilda e tiveram 2 filhas, Creusa e Odete, e um filho, Ricardo. Apesar das dificuldades financeiras, o casal tinha como meta proporcionar aos filhos a condição de estudar em escolas de nível acentuado, e quem sabe, até mesmo obter um diploma de Doutor (a)!!
Creusa, morena jambo, em sua adolescência, demonstrava características de atleta, principalmente no volêibol, destacando-se nos fortes saques. Odete, menina meiga, adorava a convivência do lar, aluna disciplinada, obtendo as melhores notas em sua escola. Ricardo, garoto impetuoso, namorador, ligado ao futebol e ginástica, curtia o seu corpo escultural.
Família feliz, vivendo em harmonia.
O tempo, como sempre, avassalador e insensível, chegou para as filhas e o filho do Sr. Orisvaldo e dona Marilda.
Creusa, com 17 anos de idade, e Odete, com 16 anos, deixaram de lado as brincadeiras de criança, curtindo os primeiros namorados, as sensações dos encontros carinhosos, o inusitado prazer de sentir-se mulher adulta, experimentando as tristezas, angústias e alegrias provenientes dos relacionamentos iniciados. Ricardo, com os seus 19 anos vividos, mantinha o sonho de ser jogador de futebol, vestindo a camisa de seu clube favorito, dando sinais, porém, de ter a companhia de jovens iludidos pelo vício da bebida e adjacências.
Orisvaldo e Marilda, outrora tranquilos, agora preocupados e tensos, deixaram de sorrir. No jantar, antes integrado por todos, agora resumia-se ao casal. Os problemas, inevitavelmente, foram se acumulando.
Creusa, decepcionada com os homens, proveniente das incertezas e fragilidades de seus namorados, conheceu Rebeca, iniciando um tortuoso relacionamento. Desespero total no seio familiar.
Odete, antes dedicada ao convívio do lar, conheceu Fausto, integrante de um circo internacional, resolvendo segui-lo incondicionalmente, dizendo apenas adeus aos seus pais.
Ricardo, renunciando ao sonho de jogador famoso, trilhou o caminho sem volta do vício total, destruindo a sua vida e, ao mesmo tempo, as de Orisvaldo e Marilda. Morreu cedo, aos 28 anos de idade.
Desolados, carentes e desiludidos, o casal sucumbiu, nunca mais tiveram notícias de Odete, sabendo apenas que Creusa, separada de Rebeca, iniciou novo romance com Ester, morando no interior de São Paulo.
Hoje, indagados sobre seus filhos, respondem amargamente: "Vivemos sorrindo ou chorando por eles e morremos, na tristeza ou na alegria, por atos causados por eles!"   


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